17 Mai O PODER DAS MÃOS
O PODER DAS MÃOS
Para terminar a semana de comemoração do Dia Internacional da Família, deixamos um testemunho de uma Família de Acolhimento…
São testemunhos como este que nos fazem acreditar que este é o melhor caminho para a proteção, bem-estar e desenvolvimento saudável e pleno das nossas crianças e jovens!
“O poder das mãos.
Porque precisam as crianças de uma família? Para se sentirem seguras, amadas e protegidas. As nossas mãos falam mais do que imaginamos e não importa a idade da criança para que elas possam sentir tudo isso no toque da nossa mão. Pensei nisto ontem, quando vi adormecer o mais pequenito agarradinho à minha mão e pensei nisto hoje, com as maiorzinhas agarradas aos meus dedinhos. Posso dizer que o meu filho adormecia assim até à idade de ir para escola, e muitas vezes dei a mão para adormecer os educandos na escola. As nossas mãos poderosas transmitem a segurança, o amor e a proteção que toda a criança precisa, eis porque devíamos usá-las mais do que as próprias palavras.
A todo lado onde vamos, ouvimos dizer: “vocês só podem ser boas pessoas”, dirigindo-se a nós, família de acolhimento. Confesso-me verdadeiramente surpreendida, com as lágrimas e com essas palavras de carinho. Para nós, acolher uma criança é um dever, e não exprime, de forma alguma, que somos melhores que os outros, aqueles que ainda não estão preparados para o fazer. Sim, é preciso boa vontade e ter amor para dar. Mas sobretudo, é o sentido da responsabilidade que comanda tudo. Perceber que uma criança é feliz numa família e que não a podendo ter em certo momento, estamos lá para lhe proporcionar esse ambiente, um lar onde há paz, onde se sinta segura e amada.
Quando sabem que somos família de acolhimento, a primeira pergunta que nos fazem é “e depois, se for embora a criança, como vão aguentar?”, seguido dos comentários “eu jamais conseguiria deixá-la ir”, “isso é tão difícil”, “cria-se uma ligação para depois vê-la partir…”
Quando se cria um laço afetivo entre duas pessoas, é natural desejar ter por perto quem amamos. Assim como é natural sentir saudade e tristeza se já não podemos contar com a sua presença. No entanto, o amor não pode implicar apego e paixão, com a consequente frustração e sofrimento. A compreensão das razões que nos levam a desejar dar um colo, carinho e afeição com desprendimento, tornam a nossa iniciativa das mais belas que se pode ambicionar. Estamos a receber no nosso seio um anjo que precisa, em algum momento da sua vida, que sejamos o seu porto de abrigo, a calmaria na turbulência do seu passado. De onde veio ou para onde vai, não se pergunta a quem precisa de amor. Dá-se lhe o que precisa e pronto!
Quando engravidei dos meus filhos, jamais pensei no facto, e nas possibilidades, de algum deles adoecer gravemente e sucumbir, ou depois crescer ir estudar para muito longe. Pode acontecer, mas não pensamos nisso. Se tu sentes que o teu apego te impede de ver partir quem dizes amar, então talvez ainda não seja a hora certa de acolheres crianças na tua família. É preciso antes, cuidar de entender o verdadeiro propósito do acolhimento. E para isso, há uma formação inicial, na segurança social ou na associação mediadora, essencial, para conhecer os objetivos do acolhimento familiar.
Quanto tempo pode ficar a(s) criança(s) connosco? Depende. Seis meses, 18 meses, 3 anos, o tempo necessário para que ela(s) retome(m) o seu caminho e viva a sua missão junto de quem será a pessoa(s) certa(s) para a(o) fazerem feliz. Não pensamos nisso. Confiamos em quem sabe melhor do que nós (e estudou para isso) sobre o futuro da criança…”
Testemunho Família de Acolhimento
Viseu Afetos
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